sexta-feira, 26 de outubro de 2012

OCAÇÃO LEIGA

“Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: por eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade. Por isso, eles, sobretudo, devem ter uma consciência cada vez mais clara, não somente de que pertencem à Igreja, mas de serem Igreja, isto é, comunidade dos fiéis na terra sob a direção do chefe comum, o Papa, e dos bispos em comunhão com ele. Eles são Igreja.”
(Pio XII, discurso de 20 de fevereiro de 1946)
Estamos encerrando o mês vocacional, e neste último domingo fazemos lembrança da vocação leiga, um presente para a Igreja.
Infelizmente, cometemos muitas vezes um falso julgamento, quando escutamos a palavra “leigo” na Igreja, pois,  logo pensamos em uma pessoa que não possui domínio sobre um determinado assunto. Porém, tratando-se da vocação leiga na Igreja, referimo-nos ao grupo de todos os cristãos que não receberam o sacramento do ministério ordenado (clérigos), ou que não professaram os conselhos evangélicos publicamente (religiosos), ou seja, cristão leigo são todos os fiéis que pelo Batismo foram incorporados a Cristo, constituindo assim o povo de Deus e, a seu modo, participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercendo sua missão de cristão na Igreja e no mundo.
O documento Lumen Gentium do Concílio Vaticano II afirma: “O supremo e eterno sacerdote Cristo Jesus, querendo também por meio dos leigos continuar o Seu testemunho e serviço, vivifica-o pelo Seu Espírito e sem cessar os incita a toda a obra boa e perfeita. E assim, àqueles que Intimamente associou à própria vida e missão, concedeu também participação no seu múnus sacerdotal, a fim de que exerçam um culto espiritual, para glória de Deus e salvação dos homens. Por esta razão, os leigos, enquanto consagrados a Cristo e ungidos no Espírito Santo, têm uma vocação admirável e são instruídos para que os frutos do Espírito se multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois todos os seus trabalhos, orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito, e as próprias incomodidades da vida, suportadas com paciência, se tornam em outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cfr. 1 Ped. 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai, juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia. E deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como adoradores, consagram a Deus o próprio mundo.” (LG 34)
O cristão leigo tem, por vocação e graça, o desafio de descobrir e inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas, e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristã, sendo presença viva da Igreja no dia a dia da sociedade.
Percebemos, também, que existe a necessidade de uma mudança de visão e atitude, principalmente por parte dos cristãos, quanto ao papel dos leigos nas comunidades, pois não são meramente coadjuvantes, mas protagonistas de uma Igreja viva no mundo; dessa forma, o Catecismo da Igreja Católica afirma: “Como todos os fiéis, (os leigos) são por Deus encarregados do apostolado, em virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm o dever e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra. Este dever é ainda mais urgente quando só por eles podem os homens receber o Evangelho e conhecer Cristo. Nas comunidades eclesiais, a sua ação é tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, a maior parte das vezes, alcançar pleno efeito.”(CIC 900)

domingo, 19 de agosto de 2012

VIDA CONSAGRADA

  Garimpo do Amor!
A Vocação Religiosa é uma vivência do seguimento radical da pessoa de Jesus Cristo, voltando-se para os valores da Castidade, da Pobreza, e da Obediência. Falar do religioso, é falar de alguém que tem a vida definida por um chamado especial feito por Deus para pertencer a um instituto de Consagrados. O Consagrado é alguém que aposta na vida, numa esperança de que o essencial nos torna humanos; é aquele tipo de homem que vive num “garimpo” a procura de um tesouro valioso, de um diamante que só pode ser encontrado a partir da descoberta de um sentido. E qual é o sentido da vida do homem consagrado? Qual o tesouro que ele garimpa? Para essas duas perguntas existem apenas uma única resposta: Jesus Cristo. Se nos perguntássemos onde fica esse tal garimpo, jamais poderíamos responder unilateralmente, pois o religioso é convocado a buscar o “tesouro” em sua própria humanidade, nas suas estruturas externas e internas, na Igreja, em sua Congregação e na sua comunidade Religiosa e não apenas em um só lugar. É grande o desafio, pois a Vida Religiosa é uma escolha para viver com e como o Mestre; no entanto para abraçar essa escolha é preciso integrar muitas coisas. Sente-se a necessidade de unir os defeitos às qualidades. O propósito da Vida Religiosa é a Santidade, mas nem sempre é possível, por que somos seres limitados, então é necessário que o consagrado desenvolva a arte do aprendizado. 
Religiosos Servos da Caridade

domingo, 12 de agosto de 2012

A Alegria da Paternidade


     “Sião dizia: Javé me abandonou; o Senhor me esqueceu. Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de você”. (Is 49, 14-15).
      O fundamento desta passagem bíblica inspirada pelo Profeta Isaías nos revela o grande amor de Deus Pai para com os seres humanos. Particularmente, podemos associar este trecho da Sagrada Escritura a espiritualidade do Pe. Luís Guanella que foi tipicamente a da Paternidade Divina.
     Dizia o fundador: “Com gesto de misericórdia, o Pai nos escolheu e nos reserva inteiramente para si, destinando-nos à missão altíssima e ao colóquio íntimo, que se usa somente com os amigos mais caros”. (SdC, Const. Art. 39). Guanella parte da certeza de que somos envolvidos pelo carinho e pela ternura filial de Deus Pai Providente. O qual se torna centelha de providência aos seus filhinhos escolhidos e amados.
      Podemos perceber a partir da Paternidade Divina, a importância da Paternidade humana. Existem vários movimentos sociais que lutam constantemente pelos reconhecimentos paternalísticos de crianças e adolescentes, pois o retrato masculino do Pai é extremamente importante para o desenvolvimento integral de ambos.  
       No calendário civil, existe uma data que homenageia todos esses homens que estão nesse cenário chamado família. Com os seus exemplos, esforços e lutas diárias, nossos pais, nos proporcionam um espetáculo de formação humana e valentia.
      Embora muitas vezes se fale muito mais no amor de mãe, (Uma vez que as mulheres demonstram uma sensibilidade maior), sabemos que o amor de pai também existe e precisa ser valorizado em sua totalidade.
      Façamos memória também a todos os Pais já falecidos, aqueles que passaram pelas nossas vidas e deixaram um pouco de si em nós; Aqueles que já na eternidade continuam sendo os nossos troféus e o nosso lisonjeio.
       Por fim, de quem mais necessitamos todos os dias na vida é do "Pai nosso que está no céu". Ele, que é Pai Providente não se esquece do seu “nenê”, conforme prometera a Isaías em favor de Sião. 

FELIZ DIA DOS PAIS!

sábado, 4 de agosto de 2012

ORDENADO PARA SERVIR E AMAR



A Igreja celebra em agosto o mês das vocações e da família, fonte de todas as vocações. Assim, em cada domingo de agosto reza-se por uma vocação específica.Hoje, no primeiro domingo do mês, lembramos a vocação sacerdotal, queremos fazer memória deste dia, popularmente chamado de dia do Padre.Muitas vezes, a vocação sacerdotal é questionada por não se entender o sentido e valor do sacerdócio. Como toda vocação, a vida sacerdotal é primeiramente um chamado específico de Deus, sendo Cristo o sumo sacerdote, que realizou a oferenda perfeita, doando a própria vida para estabelecer a nova aliança, o Padre recebe a graça do chamado de Deus para ser um “novo Cristo”. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” Jo 15,16.) A exemplo do Mestre Jesus, o sacerdote recebe o chamado para amar e servir. Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outro”. (Jo 13:12-14)
Agindo POR Cristo, EM Cristo e COM Cristo, o Padre tem como missão estar a serviço do povo de Deus e com sua vida proclamar como São Paulo:“Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20). Nutrido pela Palavra de Deus, ouvindo os ensinamentos de Jesus, anunciando a boa notícia do reino, o Padre exerce seu ministério profético recebido do próprio Cristo para que nenhuma ovelha se perca. Todavia, não podemos esquecer que todo sacerdote ordenado é um ser humano, Deus escolhe uma pessoa, com suas qualidades e seus obstáculos, com suas luzes e sombras, sendo que, em muitas vezes, o sacerdote pode não corresponder por si só a sua missão, pois, na sua limitação de ser humano não possui forças e pode vir a cair como qualquer outra pessoa. Por isso, no rito da ordenação presbiterial o candidato reza: “Ó Senhor Deus meu, não sou digno que entres em minha habitação. Contudo, honraste Teu servo designando-o para estar em Tua casa, falar em Teu nome e servir a Teu povo. Pai de Misericórdia, dota meu coração de tanto amor para contigo que, amando-te acima de todas as coisas, anuncie em minha existência e doutrina a Tua Palavra de verdade e vida e, tanto em palavras como em ações, tudo faça em nome do Senhor Jesus a quem, contigo e com o Espírito Santo, seja a honra e louvor por todos os séculos. Amém!Percebemos que a vocação do Padre é querida por Deus, um chamado que vem do alto para viver a radical doação pelo reino. Queremos agradecer a Deus, neste dia do Padre, por todas as vocações sacerdotais que um dia fizeram presença em nossas vidas. Pedimos também ao grande Pai, que derrame abundantemente os dons do Espírito Santo sobre todos os padres ordenados, e que fielmente perseverem em suas missões!

ANO DA FÉ

O QUE É O ANO DA FÉ?

No último dia onze, o Papa Bento XVI abriu oficialmente o Ano da Fé com uma celebração eucarística no Vaticano. A data também é comemorativa pela memória ao jubileu de ouro do Concílio Vaticano II, um acontecimento que marca a vida da Igreja até os dias atuais. Na homília, o santo padre explicou que a celebração de abertura do ano da fé foi enriquecida com alguns sinais específicos. “a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história”. (Homília Papa Bento XVI Abertura Ano da Fé).

ANO DA FÉ

O Papa Bento XVI publicou no dia 11 de outubro de 2011 a Carta Apostólica Porta Fidei (porta da fé), tendo como objetivo preparar toda a Igreja para o Ano da fé. Nessa Carta Apostólica, encontramos a motivação e os objetivos do Santo Padre ao proclamar o Ano da fé, que se iniciou do dia 11 de outubro de 2012 e prosseguirá até o dia 24 de novembro de 2013.

Bento XVI explica claramente quais são as suas intenções ao proclamar este ano, “Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo” (Cf. PF 2), “Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos”(Cf. PF 3), “o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados”( Cf. PF 6), “Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força». Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada e refletir sobre o próprio ato com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.( Cf. PF 9)”.

O santo Padre também nos apresenta quais os documentos bases para o aprofundamento e crescimento da fé neste Ano da Fé:“É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de fato, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé”( Cf. PF 12). 

Portanto, o Ano da Fé é um convite a todos os crentes a redescobrirem o precioso valor da fé nos dias atuais, e assim, responder com convicção aos apelos do mundo contemporâneo que esperam autênticas testemunhas de Cristo. 

 Homília do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé

Queremos apresentar, de maneira breve, alguns pontos que consideramos centrais da homilia feita pelo Papa, no dia 11 de outubro de 2012, na celebração solene de abertura do ano da fé, na Praça de São Pedro, os quais esclarecerão o porquê do Ano da Fé.

O centro da fé cristã “Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2)”. 

Reavivando o impulso interior à nova evangelização “Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apoie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão”.

A desertificação espiritual da nossa sociedade “Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo”.

O Ano da Fé: “Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.”

Percebemos que o ANO da FÉ não é um acontecimento para simplesmente movimentar a Igreja, mas é um compromisso que toda a comunidade cristã assume de intensificar a experiência viva de Cristo ressuscitado; a fé em Jesus nos impulsiona a sair em missão, a sermos profetas anunciadores do Reino de Deus, pois é no Filho de Deus que se encontra a verdade libertadora e salvadora da humanidade.
Talvez muitas pessoas estejam enfraquecidas na fé, esperando que alguém mostre o verdadeiro testemunho da ressurreição, talvez muitas pessoas perderam a esperança na vida e estão à espera de alguém que possa apresentá-los à vida plena, à vida eterna.
Peçamos a graça de Deus, para que neste ano da fé busquemos viver intensamente a vida de fé com Cristo, que, iluminados pelos documentos do Vaticano II e aprofundando o Catecismo da Igreja Católica, possamos enraizar profundamente a nossa fé e proclamar como autênticos profetas a fé que professamos.


são luis guanella

Com grande alegria e louvor, todos os guanellianos do mundo comemoraram, no dia 23/10,  um ano de canonização de São Luis Guanella, o Santo da Caridade. Exatamente neste dia o Papa Bento XVI proclamava Luis Guanella como Santo.
     Neste mês de outubro, em todos os lugares onde chega o Carisma Guanelliano, estão havendo comemorações: Religiosos, cooperadores. leigos e demais participantes da obra realizaram missas, quermesses, gincanas, novenas, grupos de oração. São Guanella foi muito celebrado, e o mais importante não são os eventos mas o sentimento que fica no coração de quem vivencia esse carisma.
    Hoje, dia 24/10/12, é lembrado o dia do falecimento de São Luis Guanella, ocorrido no ano de 1915. Muitos se reuniram para orar e comentar o que Guanella fez e ainda faz através de seu carisma. Que cada um de nós possa ser um semeador da boa nova através deste carisma de amor e caridade que tanto contagia e orienta o nosso dia a dia.
Marcelo Willms
 

ORAÇÃO À SÃO LUIS GUANELLA

 
 
   Senhor Jesus, tu vieste sobre a terra para oferecer a todos o amor do Pai  e para ser sustento e conforto aos pequeninos e sofredores.
Agradecemos-te por ter nos dado o teu servo fiel, São Luis Guanella, como sinal do grande amor de Deus.
Faz com que o exemplo da sua vida possa resplandecer em todo mundo para a Glória de Deus Pai e para auxílio do povo cristão.
Pela sua intercessão, concede-nos a graça que neste momento te pedimos... e faz com que possamos imitar suas virtudes:
a ardente piedade para com a Eucaristia, a confiança serena na Providência,
a caridade terna para com os mais pobres,
a paixão pastoral pelo teu povo, a fim de que com ele,
possamos receber o prêmio da alegria que preparaste para nós na casa do Pai.
AMÉM

segunda-feira

Eles têm várias coisas em comum, o gosto pela Palavra de Deus, possuem uma única esposa – a Igreja – e praticam futebol. Uma vez por semana, sempre as segundas-feiras, os padres da Arquidiocese de Goiânia e de dioceses vizinhas se reúnem para praticar a modalidade esportiva mais famosa no mundo, o futebol. E nem mesmo jogando eles se esquecem do grande exemplo do mestre Jesus, de serem solidários.
E é com este objetivo que será realizado mais um amistoso. Nesta segunda-feira, 15, o Batinas Futebol Clube (BFC) entra em campo para mais um amistoso. Dessa vez o time dos padres de Goiás jogará contra o Clube dos 40 do município de Nazário, diocese de São Luiz de Montes Belos. A partida está marcada para as 19 horas, no estádio da cidade.
O ingresso do amistoso é de R$ 5,00 e segundo o padre Lázaro (BFC), de Nazário, toda renda arrecadada será destinada ao Setor de Juventude da cidade, uma ajuda aos que irão participar da JMJ Rio 2013. Todos que adquirirem um ingresso para o jogo concorrerão a vários prêmios, dentre eles R$ 500,00 em dinheiro.
Cidades que sediaram os jogos do Batinas
Senador Canedo (2008, 2009 e 2010), Bela Vista de Goiás (2008), Silvânia (2009), Caldazinha (2010 e 2011), Acreúna (2010), Avelinópolis (2011), Americano do Brasil (2011) e Trindade (2011), Nova Veneza (2011) e Firminópolis (2012).

PROVINCIA ECLESÍASTICA DE PERNAMBUCO

SIM À VIDA

Domingo, em Recife-PE, aconteceu a sexta caminhada "Sim à Vida".
D. Fernando Saburido, OSB, arcebispo de Olinda e Recife
D. Genival Saraiva, bispo de Palmares
e Presidente do Regional Nordeste II da CNBB
 
Das 9h às 13h a Avenida Boa Viagem foi tomada pela alegria. Acompanhando sete trios elétricos, os participantes alternavam momentos de louvor com instantes de profunda oração. Sobre os veículos cantores como o frei Damião Silva, o missionário da Canção Nova, Dunga; Cristina Amaral, padre João Carlos, Batista Lima e muitos outros conduziam a multidão, formada por pastorais, movimentos, grupos de oração, comunidades católicas. Além da importante presença de irmãos de outras denominações religiosas. Os que insistiram em aproveitar o domingo na praia saíram da areia e acompanharam do calçadão a festa da vida. Nos edifícios, também, acenos e sorrisos saudavam a caminhada. estavam presentes os bispos de Pernambuco. Fonte: AOR.

BENTO XVI

Papa anuncia seis novos Cardeais

O Papa Bento XVI anunciou hoje (24), no final da Audiência Geral, seis novos cardeais. O consistório para sua criação será feito no dia 24 de novembro. “É com grande alegria que anuncio que no próximo dia 24 de novembro vou realizar um consistório no qual vou nomear seis novos membros do colégio cardinalício”, disse o Papa.
 novos cardeais
Os novos cardeais são: o americano, Dom James Michael Harvey, Prefeito da Casa Pontifícia, que Bento XVI nomeará Arcipreste da Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros, o libanês, Sua Beatitude Béchara Boutros Raï, Patriarca de Antioquia dos Maronitas (Líbano), o indiano, Sua Beatitude Baselios Cleemis Thottunkal, Arcebispo-Mor de Trivandrum dos Sírios-Malancareses (Índia), o nigeriano, Dom John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo de Abuja (Nigéria), o latino-americano, Dom Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá (Colômbia) e o filipino, Dom Luis Antonio Tagle, Arcebispo de Manila (Filipinas).
“Os Cardeais, têm a tarefa de ajudar o Sucessor de Pedro no desempenho do seu Ministério de confirmar os irmãos na fé e de ser princípio e fundamento na unidade e da comunhão da Igreja. Convido todos a rezarem pelos novos eleitos, pedindo a materna intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, para que saibam amar com coragem e dedicação Cristo e sua Igreja”.
Com o consistório, o Colégio Cardinalício terá 211 cardeais

frei Damião

MEMÓRIA DE FREI DAMIÃO

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DE FREI DAMIÃO
Tríduo celebrativo
02-05 de novembro
Convento S. Félix - Recife-PE
Missas, atendimentos às confissões, bênçãos etc.
05/11 - 17h-Missa Solene
Maiores informações: (81) 3465-8632
 Iniciação Cristã é o nome que se dá ao processo pelo qual uma pessoa é incorporada ao mistério de Cristo, morto e ressuscitado. A Iniciação Cristã transforma a vida da pessoa, forma discípulos do evangelho que participam das celebrações, engaja na comunidade eclesial, e tem grande ardor missionário.
Os sacramentos da Iniciação Cristã são os sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia, porque são os fundamentos de toda a vida cristã e porque dão aos catequizandos o inicio de uma longa caminhada de conhecimento e seguimento de Jesus Cristo, de vivência cristã, de engajamento na comunidade e de ardor missionário.
É importante ressaltar que o Concilio Vaticano II chamou nossa atenção para a Iniciação Cristã, restaurando o catecumenato tanto de adultos não batizados como de adultos batizados, mas não evangelizados.
A Iniciação a vida Cristã acontece através de um método chamado catecumenato. Esta catequese leva o catequizando a fazer uma experiência profunda com Jesus Cristo e seu reino. Não era apenas uma doutrina, um ensino, um catecismo, era um verdadeiro encontro, uma experiência de vida que encantava, empolgava, apaixona o catequizando, no amor a Deus e aos irmãos.
O catecumenato era a catequese para adultos não batizado que se preparava para receber os sacramentos de Iniciação Cristã: Batismo, Crisma, Eucaristia. Hoje, o catecumenato é também a catequese de adultos batizados mas não evangelizados, não convertidos.
A Iniciação cristã é o inicio de um caminho que leva a um processo de transformação pessoal, comunitária e social.
O Documento de Aparecida nos propõem com “urgência desenvolver em nossas comunidades um processo de iniciação na vida cristã que comece pelo querigma  e que, guiado pela Palavra de Deus, conduza a um encontro pessoal, cada vez maior, com Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito homem,...”

“Trata-se de uma experiência que introduz o cristão numa profunda e feliz celebração dos sacramentos, com toda a riqueza de seus sinais. Desse modo, a vida vem se transformando progressivamente pelos santos mistérios que se celebram, capacitando o cristão a transformar o mundo. Isso é o que se chama ‘catequese mistagógica’”. D.A 6.3.2 Propostas para a iniciação cristã, nº290.  
Mistagogia era o modo de o catequista explicar os mistérios depois de celebrá-los.
O querigma é o anuncio do nome, do ensinamento, da vida, das promessas, do Reino e do mistério pascal de Jesus de Nazaré, Filho de Deus (cf. EN,n.22), que acompanha todo o processo da evangelização.
O querigma é anúncio e proclamação para suscitar a fé nos ouvintes e manter acesa sua chama, de modo que acolhendo Jesus como Filho de Deus, Senhor e salvador participem da sua própria vida, da vitória sobre a morte, e alcancem, assim, a vida eterna (cf.Jo20,31).
Tendo em vista um melhor amadurecimento da fé o discípulo é convidado a dar ‘sete passos’ nesse processo de Iniciação a Vida Cristã:
    1)     O encontro vivo, envolvente, atraente com Jesus Cristo deve provocar um fascínio através do qual se iniciava uma grande amizade com Jesus. O catequizando buscar ser como Jesus, imitar Jesus, seguir o jeito de Jesus, ter as atitudes de Jesus.
    2)      A conversão  o catequizando se transforma, muda de vida, torna-se discípulo fiel. Adquire o desejo de ser sempre melhor e por isso deixa o Espírito Santo ir cristificando toda a sua pessoa e sua vida.
    3)      O Discipulado  a pessoa senti-se atraída pela Bíblia, pela Palavra de Deus. Sua formação e sua catequese era permanente, não parava, pelo contrário, os catequizandos pediam e buscavam mais conhecimento para amar e servir melhor a  Deus e aos irmãos.   
    4)      O engajamento na comunidade  a catequese de Iniciação cristã conduzia o catequizando a amar a Igreja, envolver-se na comunidade, participar da vida da comunidade, vibrar com sua comunidade de fé.
   5 )      A celebração a catequese de Iniciação Cristã uni catequese e liturgia, fé e oração, fé e vida sacramental. Dessa forma a pessoa aprende e celebra os sinais e gestos litúrgicos, os ritos e hinos, os sacramentais e a religiosidade popular.
   6 )      A missão  a Iniciação leva à missão, à evangelização, ao apostolado. Anunciar, pregar, divulgar para os outros até  os confins da terra, as maravilhas do amor de Deus que salva a todos, era o grande resultado da Iniciação. A catequese de Iniciação deixava no coração dos catequizando a audácia, o desassombro, a criatividade e o ímpeto missionário.
   7)      O testemunho  o cristão iniciado testemunha sua fé onde quer que esteja. Assume compromissos e tarefas na comunidade eclesial e na sociedade civil. Luta contra todo o tipo de justiça, combate a corrupção, promove com todo ardor a paz.
“Sendo assim a catequese não deve ser só ocasional, reduzida a momentos prévios aos  sacramentos ou à iniciação cristã, mas sim itinerário catequético permanente.”
formação com PADRE ALBERTO REANI