terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Parabéns a nossa Colaboradora

   Hoje estou em festa porque  completo 25 anos de vida consagrada. É motivo de alegria porque entrei na congregação com 30 anos de idade e consegui chegar aos 25 anos. Vou celebrar dia 22 de julho em Vila Velha.
          Que bom ter você para poder partilhar esse momento!
                                    Abração
                                          Marisé

sábado, 28 de janeiro de 2012

Bote Fé



A Juventude em Comunhão


Foto: Anderson Nascimento
Festa de N.S.da Saúde de 2012 - Dia 25 Santuário Galeria de fotos

No  dia da festa de Nossa Senhora da Saúde iniciado pelas matinas e às 10h. missa com as comunidades tacaratuenses: Olho D´Água do Bruno, Coelho, Tiririca, Salgadinho, Brejo dos Coqueiros, Lagoa do Riacho, Malhada do Saco, Traíras, Baixa do Capim, Ilha Grande e Salgado, não foi apenas mais um dia de festas, mas, notadamente um dia onde toda juventude da diocese de Floresta, participou e recepcionou outros jovens advindos dos treze municípios que compõem a Diocese. As 19h30min. depois de recepcionados a Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Icone de Nossa Senhora, os jovens seguiram em procissão levando a JMJ e Icone de Nossa Senhora, até o palco central onde teve inicio a celebração da novena campal por Dom Bernardino Marchió da cidade de Caruaru. Importante ressaltar que, além do nosso Bispo Diocesano, Dom Adriano, mais um  Bispo de outras Diocese, Dom Elias bispo de Valença RJ, compuseram a celebração de acolhida da JMJ e Icone de Nossa Senhora, Os Padres Luciano da paroquia de Inajá ex coordenador do setor juventude, que foi muito abraçado pelos jovens de Jatobá , Tacaratu, Petrolândia. O padre Giovani de Petrolândia também participou padre José Araujo.  esses padres anualmente chegam a Tacaratu, para auxiliarem o Pároco Pe. Roberto.
Após a novena campal centenas de jovens reunidos cantaram e pularam ao som das bandas religiosas Servos, Cantores de Deus e Kairós, sendo que percebemos na juventude de Inajá e Jatobá uma grande alegria, pois essas duas paroquias eram sempre lembradas pelos cantores que numa demonstração de profissionalismo encetivavam falando o nome dessa duas paroquias. Com isso fez entoar pelos quatro cantos de Tacaratu, a presença da nossa paroquia. Parabéns juventude de Inajá que animaram e agitaram, criando uma ambiência muito especial em consonância com a palavra de Deus.

ARTIGO ESCRITO POR Emilia de Pesqueira PE SETOR JUVENTUDE PESQUEIRA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

LEONARDO BOLF


Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor
Adital
Atualmente grande parte da economia é regida pelo capital financeiro, quer dizer, por aqueles papéis e derivativos que circulam no mercado de capitais e que são negociados nas bolsas do mundo inteiro. Trata-se de um capital virtual que não está no processo produtivo, este que gera aquilo que pode ser consumido. No financeiro, reina a especulação, dinheiro fazendo dinheiro, sem passar pela produção. Vigora um perverso descompasso entre o capital real e o financeiro. Ninguém sabe exatamente as cifras, mas calcula-se que o capital financeiro soma cerca de 600 trilhões de dólares enquanto o capital produtivo, do conjunto de todos os países, alcança cerca 63 trilhões. Logicamente, chega o momento em que, invertendo a frase de Marx do Manifesto, "tudo o que não é sólido se desmancha no ar”.Foi o que ocorreu em 2007/2008 com o estouro da bolha financeira ligada aos imóveis nos EUA que representava um tal volume de dívidas que nenhum capital real, via sistema bancário, podia saldar. Havia o risco da quebra em cadeia de todo o sistema econômico real. Se não tivesse havido o socorro aos bancos, feito pelos Estados, injetando capital real dos contribuintes, assistiríamos a uma derrocada generalizada.Esta crise não foi superada e possivelmente não o será enquanto prevalecer o dogma econômico, crido religiosamente pela maioria dos economistas e pelo sistema com um todo, segundo o qual as crises econômicas se resolvem por mecanismos econômicos. A heresia desta crença reside na visão reducionista de que a economia é tudo, pode tudo e que dela depende o bem-estar de um pais e de um povo. Ocorre que os valores que sustentam uma vida humana com sentido não passa pela economia. Ela garante apenas a sua infra-estrutura. Os valores resultam de outras fontes e dimensões. Se assim não fosse, a felicidade e o amor estariam à venda nos bancos.Este é o transfundo do livro de alta divulgação Reinventando o capital/dinheiro de Rose Marie Muraro (Idéias e Letras 2012). Rose é uma conhecida escritora com mais de 35 livros publicados e uma diligente editora com cerca de 1600 títulos lançados. Num intenso diálogo, juntos trabalhamos, por mais de vinte anos, na Editora Vozes. Dois temas ocupam sempre sua agenda: a questão feminina e a questão da cultura tecnológica. Foi ela quem inaugurou oficialmente o discurso feminino no Brasil escrevendo livro com um método inovador: A sexualidade da mulher brasileira (Vozes 1993). Com um olhar perspicaz denunciou o poder destruidor e até suicida da tecno-ciência, especialmente, em seu livro: Querendo ser Deus? Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade (Vozes 2009).Neste livro Reinventando o capital/dinheiro faz um histórico do dinheiro desde a mais remota antiguidade, seguindo um esquema esclarecedor: o ganha/ganha, o ganha/perde, o perde/perde e a necessária volta ao ganha/ganha se quisermos salvar nossa civilização, ameaçada pela ganância capitalística.Na Pré-História predominava o ganha/ganha. Vigorava o escambo, isto é, a troca de produtos. Reinava grande solidariedade entre todos. No Período Agrário entrou o dinheiro/moeda. Os donos de terras produziam mais, vendiam o excedente. O dinheiro ganho era emprestado a juros. Com os juros entrou o ganha/perde. Foi uma bacilo que contaminou todas as transações econômicas posteriores. No Período Industrial esta lógica se radicalizou pois o capital assumiu a hegemonia e estabeleceu os preços e os níveis de juros compostos. Como o capital está em poucas mãos, cresceu o perde/ganha. Para que alguns poucos ganhem, muitos devem perder. Com a globalização, o capital ocupou todos os espaços. No afã de acumular mais ainda, está devastando a natureza. Agora vigora o perde/perde, pois tanto o dono do capital como a natureza saem prejudicados. No Período da Informação criou-se a chance de um ganha/ganha, pois a natureza da informação especialmente da Internet é possibilitar que todos se relacionem com todos.
Mas devido ao controle do capital, o ganha/ganha não consegue se impor. Mas sua força interna irá inaugurar uma nova era, quem sabe, até com uma moeda universal, sugerida pelo economista brasileiro Geraldo Ferreira de Araujo Filho, cujo valor não incluirá apenas a economia mas valores como a educação, a igualdade social e de gênero e o respeito à natureza e outros. Rose aposta nesta lógica do ganha/ganha, a única que poderá salvar a natureza e nossa civilização.
O livro de Rose Marie Muraro pode ser adquirido por 0800 160004.

Marcelo Barros

EVENTO PARA A JUVENTUDE

Dia 25/1 (Quarta-feira)
18h30 – Chegada em Tacaratu. (acolhida em frente ao hospital)
19h – a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora seguem em Procissão à Igreja Nossa Senhora da Saúde.
19h30 – Celebração da Novena da Juventude (no Palco Central) Celebrante: Dom Dino (Bispo de Caruaru)
Após a Novena Show Católico (Cantores de Deus)
Dia 26/1 (Quinta-feira)
3h30 – Retorno da Cruz e do Ícone ao interior do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, onde permanecerá o dia todo (Durante a madrugada haverá vigília).
5h – Oficio de Nossa Senhora
6 h – Missa
7h30 – Meditação sobre à Santa Cruz
10h – Missa com as Crianças
11h30 – Almoço com os Jovens
13h – Acolhida/ animação (Banda Servus)
13h30 – Apresentação Cultural com as Escolas municipais
15h – Partilha da JMJ 2011- “O sentido da Cruz e o Jovem” – (Cida e Márcio)
15h30 – Despedida e Benção aos Jovens Visitantes, em seguida peregrinação pelas ruas da cidade.
18h – acolhida no Santuário (a Cruz e o Ícone permanecerão no Santuário durante toda noite e madrugada).
Dia 27/1 (Sexta-feira)7h – Missa e saída da Cruz e do Ícone do Santuário à Petrolina.

INAJÁ E MANARI AJUDAM IGREJA DE IBIMIRIM

Paróquia Santo Antônio de Pádua
Coordenação da Paróquia: Irmãs Carmelitas da Divina Providência. Atendimento Sacramental: Pé. Félix Tenero, Pe. Luciano Aguiar e Pe. Jorge Botta/address>
Endereço: Av. Manoel Vicente- 320
CEP 58.580-000 Ibimirim-PE
Tel (87)3842-1144
Congregação das Irmãs Carmelitas da Divina Providência
Irmãs Professas Residentes: Ir. Gorete, Ir.Marieta.
Endereço: Rua Dep. José Mendonça – 45
CEP 58.580-000 Ibimirim-PE

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Paróquia São Sebastião – Manari


       Com muita animação e participação do povo de Deus, no dia 10 de Janeiro foi criado a Paróquia São Sebastião em Manari.
     A Solenidade teve início com uma procissão vindo da zona rural para a cidade, com a imagem de São Sebastião, santo que a comunidade tem como Padroeiro, após passar pelas ruas da cidade, a solene celebração foi realizada em frente da igreja, com a presença de nosso bispo diocesano Dom Adriano e concelebrada por padres das cidades vizinhas ( Tacaratu, Itaiba, Petrolandia, Inajá). No decorrer da celebração, dom Adriano deu a posse aos padres Jorge e Luciano, Sendo padre Jorge vigário de Manari e Luciano de Inajá e também oficializou a criação da paróquia de Manai, sendo a mais nova da diocese.
     Como Comunidade de inajá, agradecemos a comunidade do Manari por todos esses anos que vivemos como  paróquia  partilhando e vivendo novas experiências e pedimos São Sebastião que cuide desta comunidade que tem uma forte religiosidade popular, com um povo simples que coloca Cristo sempre em primeiro lugar.
                                                                                                Por: Paroquia de Inajá












 

sábado, 21 de janeiro de 2012

um amigo guanelliano

A inauguração aconteceu paralela as comemorações da novena de Nossa Senhora Aparecida, padroeira da vila. A noite da quarta-feira foi dedicada aos Poderes Executivo e Legislativo e dos funcionários municipais. A missa foi celebrada pelo o padre paroquial José Porfírio e co-celebrada pelo padre Lino, que foi homenageado pelo Governo Municipal. A recém criada Vila Padre Lino, localizada em frente à Vila do Vaqueiro.
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CUIDADO COM A SUA FÉ

VENDILHÕES DO TEMPLO E ESPERTALHÕES DA FÉ. COM ESTAS PALAVRAS JORNALISTA ACUSA SILAS MALAFAIA, R. R. SOARES, EDIR MACEDO E VALDEMIRO SANTIAGO, PASTORES DE IGREJAS EVANGÉLICAS.


Edir Macedo, R. R. Soares, Silas Malafaia.


Valdemiro Santiago
  
O jornalista Luiz Cláudio Cunha escreveu um artigo crítico e direto sobre os grandes pastores tele-evangelistas brasileiros e estendeu seus pensamentos sobre a influência da teologia da prosperidade na doutrina praticada pelas igrejas neo-pentecostais. Em seu texto, Cunha afirma que “incapaz de vender a alma ao diabo, a Rede Bandeirantes acaba de revender seu santo horário da noite para o pastor R.R. Soares”, numa menção à renovação de contrato entre a Igreja Internacional da Graça e a emissora do bairro do Morumbi, em São Paulo. Sobre os programas religiosos na televisão, Cunha se mostra inconformado com o dinheiro empregado para que tais pastores se mantenham na televisão e critica também a sociedade, que assiste a “onda avassaladora do dinheiro que afoga a TV brasileira deste Brasil cínico que finge ser laico e imune à força econômica da religião e seus falsos profetas”. Sobre o pastor Silas Malafaia, a quem chama de “Trovão homofóbico”, o jornalista afirma que o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo “fala muito” e “importa dos Estados Unidos especialistas nesta riqueza material”, numa referência à parceria de Malafaia com Mike Murdock.
Valdemiro Santiago não escapou das rigorosas críticas do jornalista, que o classifica de “bispo sertanejo” e afirma que o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus tem preferência por arrecadações volumosas e simples de ofertas: “o bispo sertanejo imaginou outra forma esperta de arrecadar dinheiro fácil, mas desta vez sem choro. Criou a campanha do “Martelinho da Justiça”, um pequeno, baratinho malho de madeira capaz de quebrar mandingas, maus-olhados e ‘as pedras que atravessam os seus caminhos’. A clava fajuta de Valdemiro, que despertaria a inveja do grande Thor, devia ser canonizada como a mais cara do mundo: cada oferta pelo martelinho tinha o mínimo de R$ 1 mil”.
O líder da Igreja Universal do Reino de Deus também foi alvo das observações do jornalista Luiz Cláudio Cunha, que responsabiliza o bispo Edir Macedo pelo surgimento da corrente neopentecostal adepta da teologia da prosperidade: “A primeira semente deste ostensivo neopentecostalismo brotou no Brasil com a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo”.
Sobre a teologia da prosperidade, Cunha fala sobre a capacidade de arrecadação das igrejas, motivada pela ambição de conquista dos fiéis e seus líderes: “A louvação ecumênica ao dinheiro pintado pela hipocrisia de todos os credos esclarece, em parte, a progressiva invasão destes templos cada vez mais eletrônicos, escancarados por vendilhões cada vez mais acessíveis a espertalhões cada vez mais abusados no assalto à boa fé de sempre dos desesperados. O velho evangelista Kenyon, profeta dessa cínica doutrina da prosperidade, poderia traduzir este Armagedom moral com o mantra invertido da religião de resultado que inventou: o que eu possuo, não confesso”.
A TV Globo e seu Festival Promessas não escaparam aos comentários de Luiz Cláudio Cunha, em seu texto publicado no site Sul 21. Para ele, a “conversão da Globo” se deve ao potencial do mercado evangélico brasileiro: “O olho cúpido e republicano da Globo está mirando um mercado de música gospel que o The Guardian estima em R$ 1,5 bilhão, um paraíso econômico onde se irmanam crentes, artistas, emissoras laicas, pastores, espertalhões, vigaristas e políticos de todas as crenças, devotos todos do santo dinheiro que cai do céu diretamente em seus bolsos”.
O jornalista ainda afirma que “os querubins globais sussurram nos corredores da ‘Vênus Platinada’ que os direitos de comercialização e os espaços publicitários do festival renderam à Globo algo entre R$ 35 milhões a R$ 55 milhões, o suficiente para remir muitos pecados, dúvidas e dívidas, aqui na terra e lá no céu”.
Em uma áspera crítica à participação de duas evangélicas no Big Brother Brasil, o jornalista afirma que “não se sabe ainda o tamanho do fio-dental que as duas evangélicas vão exibir na casa mais vigiada do Brasil, nem o salmo que irão recitar debaixo do edredom, cercadas por tantas câmeras indiscretas. Não deixa de ser simbólico que, cinco séculos após ser cravado nos portões da igreja de Wittenberg, o credo rigorosamente puritano e austero fundado pelo cisma de Luterano infiltre duas crentes assanhadas e iconoclastas no cenário conspícuo do programa mais ímpio da maior rede brasileira de TV aberta”.

Curtinhas

Ir. Marizé fez aniversario, parabéns a nossa colaboradora.
dia 25 os jovens de inajá irão para  a festa de nossa senhora da saúde, onde teremos alegria de ver a cruz da jornada mundial da juventude e show com cantores de DEUS.
 TEREMOS UMA NOVA COORDENAÇÃO DE CATEQUESE. NA PAROQUIA.
4, 5 haverá formação para pj
 ESSA É A PAROQUIA DE INAJÁ QUE NÃO PARA. MESMO EM PERÍODO DE DESCANSO DO PÁROCO


3º DOMINGO DO TEMPO COMUM - (22 de janeiro 2012)

DIA DO SENHOR - Revista de Liturgia



1. Aprofundando os textos bíblicos:
Jonas 3,1-5.10; Salmo 25(24); 1Coríntios 7,29-31; Marcos 1,14-20

Jesus Cristo, o Filho enviado pelo Pai, ungido com o Espírito profético e messiânico, proclama a Boa Nova da salvação que plenifica o tempo das promessas e revela o Reino. Na Galiléia, onde vivia uma população marginalizada (cf. Mt 4,12-17), Jesus começa a proclamar a esperança de libertação, manifestando o amor universal de Deus que começa pelos últimos. Por meio da vida, palavras e ações misericordiosas, Jesus realiza e torna presente o Reino de Deus, convidando a uma mudança de mentalidade e atitude de fé: Convertei-vos e crede na Boa Nova. O Chamado de Jesus revela que a iniciativa é dele, diferentemente do costume rabínico, onde os discípulos procuram seu mestre. Por causa de Jesus e seu Reino, os discípulos deixam redes, pai, companheiros de trabalho. Jonas, na 1ª leitura, é chamado a anunciar a palavra de Deus na cidade de Nínive, capital do império assírio, pois a salvação é destinada a todos os povos. Os ninivitas creem em Deus e acolhem sua misericórdia, demonstrando a mudança com atitudes e gestos concretos. A conversão exemplar deste povo é, tanto aqui como no evangelho (cf. Mt 12,41), uma exortação a crer e a seguir o caminho que leva a Deus. O/a salmista deseja trilhar o caminho proposto por Deus, recordando sua eterna bondade e compaixão. A 2ª leitura exorta a viver em Cristo ressuscitado, participando dos bens eternos da salvação, fazendo da própria vida um anúncio do evangelho.

2. Atualizando

A Boa Nova de Jesus impele a sermos testemunhas de sua presença salvadora, lançando-nos adiante com generosidade e confiança, trabalhando em águas profundas. Viver em contínua conversão e fé para participar da alegria do Reino é o apelo do Senhor a todos os seus seguidores.

3. A palavra de Deus na celebração

Celebrando, aceitamos o convite de Deus que nos chama para a escuta e o conhecimento de seu projeto. Nós respondemos e nos apresentamos em comunidade, estabelecendo com Ele um diálogo amoroso. Na escuta atenta conhecemos o querer divino e nos tornamos aptos a discernir o nosso caminho conforme o seu. Bendizemos a Deus que nos chama a participar do seu Reino e a crer que a vida é mais forte que a morte.

4. Dicas e sugestões

Pode ser realizada a bênção e a aspersão com água que expressa a alegria e dá tonalidade pascal ao dia. Outras sugestões vejam no Dia do Senhor, Tempo Comum, Ano B, p. 307.

O REINO DE DEUS ESTÁ AÍ: CONVERTEI-VOS



3º DOMINGO DO TEMPO COMUM - (22 de janeiro 2012)



O REINO DE DEUS ESTÁ AÍ:  CONVERTEI-VOS


Revista Vida Pastoral - Paulus




I. INTRODUÇÃO GERAL


Encerrado o tempo natalino, os evangelhos da liturgia dominical apresentam em lectio continua o início da pregação de Jesus segundo o evangelista do ano, no caso, Marcos. Assim, ouvimos hoje a proclamação da chegada do reino de Deus e da conversão que deve acompanhar essa boa notícia. Isso não deixa de suscitar algumas perguntas. Por que “conversão” ao receber uma boa notícia?

De fato, na 1ª leitura e no evangelho de hoje, a pregação da conversão ressoa em duas articulações bem diferentes, revelando a distinção entre o antigo e o novo. Na 1ª leitura, de Jonas, trata-se de pregação ameaçadora, dirigida à “grande cidade” Nínive, capital da Assíria. Diante do medo que a pregação inspira, a população abandona o pecado e faz penitência, proclamando o jejum e vestindo-se de saco; e Deus, demonstrando sua misericórdia universal, poupa a cidade.

Evangelho de Marcos, por outro lado, resume a pregação inicial de Jesus, não na capital do mundo, nem mesmo no centro do judaísmo, mas na periferia da Palestina. Não anuncia uma catástrofe, mas a plenitude do tempo. “O tempo está cumprido”. Chega de castigo: o “reino de Deus” está aí. É uma mensagem de salvação, dirigida aos pobres da Galileia. O “Filho”, que no batismo recebeu toda a afeição do Pai e foi ungido com o Espírito profético e messiânico, leva a boa-nova aos pobres, partilhando a opressão e demonstrando a compreensão verdadeira do amor universal de Deus, que começa pelos últimos.

Enquanto a mensagem de Jonas logrou êxito por causa do medo, a mensagem de Cristo solicita conversão pela fé na boa-nova. Enquanto na história de Jonas a aceitação da mensagem faz Deus desistir de seus planos e a história continua como antes, no Novo Testamento vemos que a proclamação da boa-nova exige fé e participação ativa no reino cuja presença é anunciada.

Como no domingo passado, a 2ª leitura tem um tema independente, tomado das “questões particulares” da Primeira Carta aos Coríntios (cf. domingo passado), a visão de Paulo a respeito dos diversos estados de vida.





II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (Jn 3,1-5.10)

A 1ª leitura de hoje narra, no estilo profético-sapiencial, a conversão de Nínive segundo o livro de Jonas. Deus quer a conversão de todos, e não só do povo de Israel. Por isso, Jonas deve pregar a conversão em Nínive, capital do império dos gentios (a Assíria). E acontece o que um judeu piedoso não poderia imaginar: a cidade se converte em consequência da pregação do profeta fujão. Deus chama à conversão, e quem aceita o chamado é salvo.

O salmo responsorial (Sl 25[24],4ab-5ab.6-7bc.8-9) sublinha a importância da conversão: Deus guia ao bom caminho os pecadores.


2. Evangelho (Mc 1,14-20)

Devidamente introduzido pela aclamação, o evangelho narra o início da pregação de Jesus como anúncio da chegada do reino de Deus e exortação à correspondente conversão. O Evangelho de Marcos é o evangelho da “irrupção do reino de Deus”. Como Jonas, na 1ª leitura, Jesus aparece como profeta apocalíptico, mas, em vez de uma catástrofe, anuncia a boa-nova da chegada do reino e pede conversão e fé. E isso com a “autoridade” do reino que se revela na expulsão de demônios e outros sinais (Mc 1,22.27). Ele é o “Filho de Deus” (1,1; 9,7; 15,39; cf. 1,11).

Mas por que essa mensagem exige conversão? A mensagem de Jonas logrou êxito e produziu penitência à base do medo, a mensagem de Cristo solicita conversão à base da fé na boa-nova. Observe-se que conversão não é a mesma coisa que penitência. Certas Bíblias traduzem, erroneamente, Mc 1,15 como “fazei penitência” em vez de “convertei-vos”. Penitência tem a ver com pena, castigo. Conversão é dar nova virada à vida. O grego metanoia sugere uma mudança de mentalidade. Por trás disso está o hebraico shuv, “voltar” (a Deus), não por causa do medo, mas por causa da confiança no dom de Deus, o “reino de Deus”, que é o acontecer da vontade amorosa do Pai, como reza o pai-nosso: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade”. Onde reinam o amor e a justiça, conforme a vontade de Deus, acontece o reino de Deus. Na medida em que Jesus se identifica com essa vontade e a cumpre até o fim, até a morte, ele realiza e traz presente esse reino em sua própria pessoa. Ele é o reino de Deus que se torna presente. Todo o Evangelho de Marcos desenvolve essa verdade.

No início, o significado de Jesus e de sua pregação está envolto no mistério, mas, aos poucos, há de revelar-se para quem acreditar na boa-nova, sobretudo quando esta se tornar cruz e ressurreição.

Por isso, enquanto na história de Jonas a aceitação da mensagem faz Deus desistir do castigo anunciado, em Mc 1 a proclamação da boa-nova exige fé e participação ativa no reino que a partir de agora abre espaço. A aceitação da pregação de Jesus faz o homem participar do reino que ele traz presente. Essa adesão ativa é exemplificada no chamamento dos primeiros seguidores. Imediatamente depois de ter evocado a primeira pregação de Jesus, Marcos narra a vocação dos primeiros discípulos, vocação que os transforma, pois faz dos pescadores de peixe “pescadores de homens”. Eles são uma espécie de parábola viva: sua profissão é símbolo da realidade do reino à qual eles estão sendo convidados. E eles abandonam o que eram e o que tinham – até mesmo o pai no barco...


3. II leitura (1Cor 7,29-31)

Em 1Cor 7, Paulo responde a perguntas com relação ao casamento. As respostas, cheias de bom senso e sem desprezo algum da sexualidade (cf. comentário do domingo passado), revelam um tom de “reserva escatológica”; ou seja: tudo isso não é o mais importante para quem vive na expectativa da parúsia. Porque “o tempo é breve” (7,29), matrimônio ou celibato, dor ou alegria, posse ou pobreza são, em certo sentido, indiferentes. Paulo se estende a respeito do matrimônio (recordando as palavras do Senhor) e a respeito do celibato (expressando seus próprios conselhos). O estado de vida é realidade provisória, que perde sua importância diante do definitivo que se aproxima depressa (Paulo, como os primeiros cristãos em geral, acreditava que Cristo voltaria em breve). Na continuação do texto, Paulo mostra o valor de seu celibato como plena disponibilidade para as coisas de Cristo – uma espécie de antecipação da parúsia (7,32).

Casamento, prazer, posse, como também o contrário de tudo isso, são o revestimento provisório da vida, o “esquema” (como diz o texto grego) que desaparecerá. Já temos em nós o germe de uma realidade nova, e esta é que importa. Assim, Paulo evoca a dialética entre o provisório e o definitivo, o necessário e o significativo, o urgente e o importante. Mas essa dialética deve ser formulada novamente em cada geração e em cada pessoa. Nossa maneira de articulá-la não precisa ser, necessariamente, a mesma de Paulo, que pensa na vinda próxima do Cristo glorioso. Podemos repartir com ele um sadio “relativismo escatológico” (Quid hoc ad aeternitatem?), porém, a maneira de relativizar o provisório pode ser diferente da sua. Relativizar significa “tornar relativo”, “pôr em relação”. O cuidado de viver bem o casamento ou qualquer outra realidade humana – o trabalho, o bem-estar etc. – deve ser posto em relação com o reino de Deus e sua justiça.


III. DICAS PARA REFLEXÃO

O evangelho contém os temas do anúncio do reino, da conversão e do seguimento. Como o tema da conversão será aprofundado na Quaresma, podemos orientar a reflexão para o tema do seguimento dos discípulos, pensando também no lema da Conferência de Aparecida: “discípulos-missionários”.

Muitos jovens entre os que demonstram sensibilidade aos problemas dos seus semelhantes encontram-se diante de um dilema: continuar dentro do projeto de sua família ou dispor-se a um serviço mais amplo, lá onde a solidariedade o exige. Foi um dilema semelhante que Jesus fez surgir para seus primeiros discípulos (evangelho). Ele andava anunciando o reinado do Pai celeste, enquanto eles estavam trabalhando na empresa de pesca do pai terrestre. Jesus os convidou a deixar o barco e o pai e a tornar-se pescadores de gente. O reino de Deus precisa de colaboradores que abandonem tudo, para que cativem a massa humana que necessita do carinho de Deus.

Esse carinho de Deus é aceito na conversão e na fé: conversão para sair de uma atitude não sincronizada com seu amor e fé como confiança no cumprimento de sua promessa. Deus quer proporcionar ao mundo seu carinho, sua graça. Não quer a morte do pecador, e sim que ele se converta e viva. Jesus convida à conversão porque o reino de Deus chegou (Mc 1,14-15). Para ajudar, chama pescadores de gente. Tiramos daí três considerações:

Deus espera a conversão de todos, para que possam participar de seu reino de amor, justiça e paz.

Para proclamar a chegada do seu reinado e suscitar a conversão, o coração novo, capaz de acolhê-lo, Deus precisa de colaboradores que façam de sua missão a sua vida, até mesmo à custa de outras ocupações (honestas em si).

Mas, além dos que largam seus afazeres no mundo, também os outros – todos – são chamados a participar ativamente na construção desse reino, exercendo o amor e a justiça em toda e qualquer atividade humana.

É este o programa da Igreja, chamada a continuar a missão de Jesus: o anúncio da vontade de Deus e de sua oferta de graça ao mundo; a vocação, formação e envio de pessoas que se dediquem ao anúncio; e a orientação de todos para a participação no reino de Deus, vivendo na justiça e no amor.