OCAÇÃO LEIGA
“Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja:
por eles, a Igreja é o princípio vital da sociedade. Por isso, eles, sobretudo,
devem ter uma consciência cada vez mais clara, não somente de que pertencem à
Igreja, mas de serem Igreja, isto é, comunidade dos fiéis na terra sob a
direção do chefe comum, o Papa, e dos bispos em comunhão com ele. Eles são
Igreja.”
(Pio XII, discurso de 20 de fevereiro de 1946)
Estamos
encerrando o mês vocacional, e neste último domingo fazemos lembrança da
vocação leiga, um presente para a Igreja.
Infelizmente,
cometemos muitas vezes um falso julgamento, quando escutamos a palavra “leigo”
na Igreja, pois, logo pensamos em uma
pessoa que não possui domínio sobre um determinado assunto. Porém, tratando-se
da vocação leiga na Igreja, referimo-nos ao grupo de todos os cristãos que não
receberam o sacramento do ministério ordenado (clérigos), ou que não
professaram os conselhos evangélicos publicamente (religiosos), ou seja,
cristão leigo são todos os fiéis que pelo Batismo foram incorporados a Cristo,
constituindo assim o povo de Deus e, a seu modo, participam da função
sacerdotal, profética e régia de Cristo, exercendo sua missão de cristão na
Igreja e no mundo.
O
documento Lumen Gentium do Concílio
Vaticano II afirma: “O supremo e eterno sacerdote
Cristo Jesus, querendo também por meio dos leigos continuar o Seu testemunho e
serviço, vivifica-o pelo Seu Espírito e sem cessar os incita a toda a obra boa
e perfeita. E assim, àqueles que Intimamente associou à própria vida e missão,
concedeu também participação no seu múnus sacerdotal, a fim de que exerçam um
culto espiritual, para glória de Deus e salvação dos homens. Por esta razão, os
leigos, enquanto consagrados a Cristo e ungidos no Espírito Santo, têm uma
vocação admirável e são instruídos para que os frutos do Espírito se
multipliquem neles cada vez mais abundantemente. Pois todos os seus trabalhos,
orações e empreendimentos apostólicos, a vida conjugal e familiar, o trabalho
de cada dia, o descanso do espírito e do corpo, se forem feitos no Espírito, e
as próprias incomodidades da vida, suportadas com paciência, se tornam em
outros tantos sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo (cfr.
1 Ped. 2,5); sacrifícios estes que são piedosamente oferecidos ao Pai,
juntamente com a oblação do corpo do Senhor, na celebração da Eucaristia. E
deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como adoradores,
consagram a Deus o próprio mundo.” (LG 34)
O
cristão leigo tem, por vocação e graça, o desafio de descobrir e inventar meios
para impregnar as realidades sociais, políticas, e econômicas com as exigências
da doutrina e da vida cristã, sendo presença viva da Igreja no dia a dia da
sociedade.
Percebemos, também, que existe a necessidade de uma mudança de
visão e atitude, principalmente por parte dos cristãos, quanto ao papel dos
leigos nas comunidades, pois não são meramente coadjuvantes, mas protagonistas
de uma Igreja viva no mundo; dessa forma, o Catecismo da Igreja Católica afirma:
“Como todos os fiéis, (os leigos) são por Deus encarregados do apostolado, em
virtude do Batismo e da Confirmação, os leigos têm o dever e gozam do direito,
individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem
divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a
terra. Este dever é ainda mais urgente quando só por eles podem os homens
receber o Evangelho e conhecer Cristo. Nas comunidades eclesiais, a sua ação é
tão necessária que, sem ela, o apostolado dos pastores não pode, a maior parte
das vezes, alcançar pleno efeito.”(CIC 900)
domingo, 19 de agosto de 2012
VIDA CONSAGRADA
Garimpo do Amor!
A Vocação Religiosa é uma vivência do seguimento radical da
pessoa de Jesus Cristo, voltando-se para os valores da Castidade, da Pobreza, e
da Obediência. Falar do religioso, é falar de alguém que tem a vida definida
por um chamado especial feito por Deus para pertencer a um instituto de
Consagrados. O Consagrado é alguém que aposta na vida, numa esperança de
que o essencial nos torna humanos; é aquele tipo de homem que vive num
“garimpo” a procura de um tesouro valioso, de um diamante que só pode ser
encontrado a partir da descoberta de um sentido. E qual é o sentido da vida do homem consagrado? Qual o
tesouro que ele garimpa? Para essas duas perguntas existem apenas uma única
resposta: Jesus Cristo. Se nos perguntássemos onde fica esse tal garimpo, jamais
poderíamos responder unilateralmente, pois o religioso é convocado a buscar o
“tesouro” em sua própria humanidade, nas suas estruturas externas e internas,
na Igreja, em sua Congregação e na sua comunidade Religiosa e não apenas em um
só lugar. É grande o desafio, pois a Vida Religiosa é uma escolha para
viver com e como o Mestre; no entanto para abraçar essa escolha é preciso
integrar muitas coisas. Sente-se a necessidade de unir os defeitos às qualidades.
O propósito da Vida Religiosa é a Santidade, mas nem sempre é possível, por que
somos seres limitados, então é necessário que o consagrado desenvolva a arte do
aprendizado.
Religiosos Servos da Caridade
domingo, 12 de agosto de 2012
A Alegria da Paternidade
“Sião dizia: Javé me abandonou; o Senhor
me esqueceu. Mas pode a mãe se esquecer do seu nenê, pode ela deixar de ter
amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me
esquecerei de você”. (Is 49, 14-15).
O fundamento desta passagem bíblica inspirada pelo Profeta
Isaías nos revela o grande amor de Deus Pai para com os seres humanos.
Particularmente, podemos associar este trecho da Sagrada Escritura a
espiritualidade do Pe. Luís Guanella que foi tipicamente a da Paternidade
Divina.
Dizia o fundador:
“Com gesto de misericórdia, o Pai nos
escolheu e nos reserva inteiramente para si, destinando-nos à missão altíssima
e ao colóquio íntimo, que se usa somente com os amigos mais caros”. (SdC,
Const. Art. 39). Guanella parte da certeza de que somos envolvidos pelo carinho
e pela ternura filial de Deus Pai Providente. O qual se torna centelha de
providência aos seus filhinhos escolhidos e amados.
Podemos perceber
a partir da Paternidade Divina, a importância da Paternidade humana. Existem
vários movimentos sociais que lutam constantemente pelos reconhecimentos
paternalísticos de crianças e adolescentes, pois o retrato masculino do Pai é
extremamente importante para o desenvolvimento integral de ambos.
No calendário
civil, existe uma data que homenageia todos esses homens que estão nesse cenário
chamado família. Com os seus exemplos, esforços e lutas diárias, nossos pais, nos
proporcionam um espetáculo de formação humana e valentia.
Embora muitas
vezes se fale muito mais no amor de mãe, (Uma
vez que as mulheres demonstram uma sensibilidade maior), sabemos que o amor
de pai também existe e precisa ser valorizado em sua totalidade.
Façamos memória
também a todos os Pais já falecidos, aqueles que passaram pelas nossas vidas e
deixaram um pouco de si em nós; Aqueles que já na eternidade continuam sendo os
nossos troféus e o nosso lisonjeio.
Por fim, de quem mais necessitamos todos os dias na vida é
do "Pai nosso que está no céu". Ele, que é Pai Providente não se
esquece do seu “nenê”, conforme prometera a Isaías em favor de Sião.
FELIZ DIA DOS PAIS!
sábado, 4 de agosto de 2012
ORDENADO PARA SERVIR E AMAR
A Igreja celebra em agosto o mês das vocações e da família, fonte
de todas as vocações. Assim, em cada domingo de agosto reza-se por uma vocação
específica.Hoje, no primeiro domingo do mês, lembramos a vocação sacerdotal,
queremos fazer memória deste dia, popularmente chamado de dia do Padre.Muitas vezes, a vocação sacerdotal é questionada por não se entender
o sentido e valor do sacerdócio. Como toda vocação, a vida sacerdotal é
primeiramente um chamado específico de Deus, sendo Cristo o sumo sacerdote, que
realizou a oferenda perfeita, doando a própria vida para estabelecer a nova
aliança, o Padre recebe a graça do chamado de Deus para ser um “novo Cristo”. “Não me
escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome
pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” Jo 15,16.) A exemplo do Mestre
Jesus, o sacerdote recebe o chamado para amar e servir. “Depois que lhes lavou os pés, e tomou
as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos
tenho feito?Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem,
porque eu o sou.Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
vós deveis também lavar os pés uns aos outro”. (Jo 13:12-14)
Agindo POR Cristo, EM Cristo e COM Cristo, o Padre tem como missão estar a serviço do povo de Deus e com sua vida proclamar como São Paulo:“Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20). Nutrido pela Palavra de Deus, ouvindo os ensinamentos de Jesus, anunciando a boa notícia do reino, o Padre exerce seu ministério profético recebido do próprio Cristo para que nenhuma ovelha se perca. Todavia, não podemos esquecer que todo sacerdote ordenado é um ser humano, Deus escolhe uma pessoa, com suas qualidades e seus obstáculos, com suas luzes e sombras, sendo que, em muitas vezes, o sacerdote pode não corresponder por si só a sua missão, pois, na sua limitação de ser humano não possui forças e pode vir a cair como qualquer outra pessoa. Por isso, no rito da ordenação presbiterial o candidato reza: “Ó Senhor Deus meu, não sou digno que entres em minha habitação. Contudo, honraste Teu servo designando-o para estar em Tua casa, falar em Teu nome e servir a Teu povo. Pai de Misericórdia, dota meu coração de tanto amor para contigo que, amando-te acima de todas as coisas, anuncie em minha existência e doutrina a Tua Palavra de verdade e vida e, tanto em palavras como em ações, tudo faça em nome do Senhor Jesus a quem, contigo e com o Espírito Santo, seja a honra e louvor por todos os séculos. Amém!Percebemos que a vocação do Padre é querida por Deus, um chamado que vem do alto para viver a radical doação pelo reino. Queremos agradecer a Deus, neste dia do Padre, por todas as vocações sacerdotais que um dia fizeram presença em nossas vidas. Pedimos também ao grande Pai, que derrame abundantemente os dons do Espírito Santo sobre todos os padres ordenados, e que fielmente perseverem em suas missões!
Agindo POR Cristo, EM Cristo e COM Cristo, o Padre tem como missão estar a serviço do povo de Deus e com sua vida proclamar como São Paulo:“Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20). Nutrido pela Palavra de Deus, ouvindo os ensinamentos de Jesus, anunciando a boa notícia do reino, o Padre exerce seu ministério profético recebido do próprio Cristo para que nenhuma ovelha se perca. Todavia, não podemos esquecer que todo sacerdote ordenado é um ser humano, Deus escolhe uma pessoa, com suas qualidades e seus obstáculos, com suas luzes e sombras, sendo que, em muitas vezes, o sacerdote pode não corresponder por si só a sua missão, pois, na sua limitação de ser humano não possui forças e pode vir a cair como qualquer outra pessoa. Por isso, no rito da ordenação presbiterial o candidato reza: “Ó Senhor Deus meu, não sou digno que entres em minha habitação. Contudo, honraste Teu servo designando-o para estar em Tua casa, falar em Teu nome e servir a Teu povo. Pai de Misericórdia, dota meu coração de tanto amor para contigo que, amando-te acima de todas as coisas, anuncie em minha existência e doutrina a Tua Palavra de verdade e vida e, tanto em palavras como em ações, tudo faça em nome do Senhor Jesus a quem, contigo e com o Espírito Santo, seja a honra e louvor por todos os séculos. Amém!Percebemos que a vocação do Padre é querida por Deus, um chamado que vem do alto para viver a radical doação pelo reino. Queremos agradecer a Deus, neste dia do Padre, por todas as vocações sacerdotais que um dia fizeram presença em nossas vidas. Pedimos também ao grande Pai, que derrame abundantemente os dons do Espírito Santo sobre todos os padres ordenados, e que fielmente perseverem em suas missões!
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