sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ser Negro no Brasil", uma abordagem sobre a cultura afro-brasileira

Ser Negro no Brasil", uma abordagem sobre a cultura afro-brasileira



O último dia 22 de novembro foi um dia diferente na rotina dos inajaenses que visitaram a antiga CAGEP, o motivo era simples, a cultura negra estava sendo exposta, com o objetivo de mostrar sua beleza e dizer: queremos o fim do preconceito.
O projeto realizado pela Escola Antônio Guilherme Dias Lima, além de atrair a atenção possibilitou uma abordagem diferente à vida dos negros, seus costumes e suas crenças. E tudo isso foi exposto pelos próprios alunos que não esconderam a satisfação em participar do projeto.
"Nós pensamos que não existe mais preconceito, porém ainda há pessoas que não gostam de sentar perto dos negros... esse projeto serviu para demonstrar que não se pode ter preconceitos com ninguém independente da cor" - disse a estudante Benedita de Morais, 17 anos. 
Segundo o gestor da escola, o Sr. Aluiso Adauto da Silva, o objetivo do projeto foi atingido, e utilizou de uma estratégia diferente, mais divertida e dinâmica. Segundo Artemis, que ajudou a coordenar o projeto, "o projeto foi 90% apresentado, fugindo do método da confecção de cartazes, que já cansou a comunidade em geral". Segundo ela, o projeto mobilizou toda comunidade escolar, levando cerca de três meses de pesquisa de dados, confecção do material e ensaio dos alunos.
A realização deste projeto encontra-se de acordo com a Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que insere no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História da Cultura Afro-Brasileira". A realização deste projeto além de cumprir a lei leva a comunidade e alunos informações que muitas vezes são perdidas na história.
Segundo a professora Vanilda Adalva, 40, os alunos gostaram de participar. Ela abordou o tema da fitoterapia, demonstrando quais as plantas os negros utilizam como remédios. "Este tema pode ser socializado na sala de aula, abrangendo o que foi trabalhado no projeto, tema este que foi escolhido pelo próprio aluno" - conta.
Vanilda, porém, lamenta que houve restrição por parte de alguns professores que não estimularam seus alunos para o projeto "cada sala seria da responsabilidade de um professor, porém teve salas em que isso não ocorreu, mesmo assim foi muito bom".
O projeto contou com cerca de 23 apresentações, entre elas alunos do Colégio Laions de Arcoverde, que dançaram Samba de Coco, Hip hop e maracatu, símbolos da cultura local e internacional. Houve também a celebração afro, presidida pelo padre local, entrevistas na rádio Inajá-FM, participação da secretaria de saúde, entre outras ações.
O projeto foi elaborado pela Biblioteca Escolar e Centro Tecnológico Escolar, e contou com colaboração de todos os segmentos da Escola Antônio Guilherme Dias Lima.


VESTIMENTA DOS NEGROS DIZIAM MUITO SOBRE SUA SITUAÇÃO DE VIDA

O trabalho realizado pela professora Denise se preocupou em demonstrar a importância da vestimenta dos negros no contexto histórico que estavam inseridos. Ela nos conta: "havia uma diferença no modo de se vestir do negro da lavoura para o doméstico, o negro da lavoura tinha menos 'regalia' enquanto o doméstico tinha mais direitos".
Os alunos vestiram réplicas das roupas usadas pelos negros no contexto histórico abordado enquanto os outros explicavam a plateia que por sinal demonstrou ter gostado muito. Segundo a professora a empenho dos alunos foi muito importante para a realização do projeto.



reportagem inajaemfoco Everton

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BEM VINDO IRMÃO E IRMÃ, DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO